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Assembleia Geral Extraordinária é realizada na Usina Jatiboca para debater andamento da mesa de negociação

Assembleia Geral Extraordinária é realizada na Usina Jatiboca para debater andamento da mesa de negociação

Em meio às negociações envolvendo o possível fechamento da Usina Jatiboca, os presidentes dos sindicatos dos trabalhadores rurais de Urucânia e dos trabalhadores da indústria convocaram uma Assembleia Geral Extraordinária na última quarta-feira, 12 de novembro, na Portaria de Entrada da Usina. A reunião buscou prestar esclarecimentos da mesa de negociação coletiva e as ações dos sindicatos para evitar a demissão em massa dos mais de mil e cem trabalhadores e o parcelamento das verbas rescisórias.

No encontro, estiveram presentes: Vilson Luiz da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), trabalhadores da empresa, fornecedores de cana, arrendatários, comerciantes e moradores da região.

Zé Luiz da Anunciação e Júlio Rodrigues, presidentes dos sindicatos, reforçaram o compromisso em dialogar com a mesa diretora para que os direitos dos trabalhadores sejam mantidos, e mantiveram um olhar otimista para a possibilidade de continuação das atividades da Usina. “Em momento nenhum a gente pensa que a usina vai fechar as portas. O nosso desejo é que a usina continue, mas nós estamos numa meia de negociação onde tudo pode ocorrer, desde o funcionamento da usina até o encerramento”, concluiu Rodrigues.

O empresário Cochise Saltarelli, filho de um dos acionistas da Jatiboca que é contra ao fechamento da empresa, afirmou que existe um comprador interessado em assumir a Usina e manter os postos de trabalho. Ele reforçou a necessidade da classe se manter unida, para mostrar a força do movimento.  “Nós avançamos bastante com esse movimento (…) Precisamos estar juntos nessa reta final que estamos chegando finalmente. Vamos conseguir avançar e manter essa empresa de pé”, afirmou.

Entre os principais temas em pauta nas reuniões de negociação está o parcelamento das verbas rescisórias dos 1.160 funcionários até 10 vezes. Segudo Dr Nilton Ventura, advogado do sindicato, a mesa diretora da Jatiboca tem apresentado resistência para diminuir a quantidade de parcelas do pagamento. Segundo ele, “não dá para fazer acordo”.

Administração da Usina Jatiboca apresenta argumentos na Vara do Trabalho de Ponte Nova

Segundo informações divulgadas na edição nº 1889 da Folha de Ponte Nova, no dia 14 de novembro de 2025, a Companhia Agrícola Pontenovense apresentou argumentações à Vara do Trabalho de Ponte Nova, perante medida liminar, autorizada pela justiça, que proibiu a demissão em massa dos trabalhadores. O documento, assinado pela JASA Advocacia, de Belo Horizonte, informou que a decisão de encerrar as atividades da Usina Jatiboca “não foi tomada no impulso”. A nota, divulgada com exclusividade pela Folha, afirmou que a medida “foi extremamente refletida e analisada do ponto de vista econômico, comercial, técnico, operacional e ambiental”.

Segundo o documento, “A soma de motivos, como custo de produção, preço do açúcar e álcool, implicações climáticas, falta de mão de obra, custos financeiros do capital/juros e elevação dos preços de insumos incompatível com o preço final dos produtos, estrangulou o negócio, gerou prejuízos multimilionários, exigindo decisão importante dos empresários quanto à situação da empresa e suas obrigações”.

A argumentação afirma que todas as tentativas de manter a empresa em funcionamento foram realizadas, sem sucesso. Com isso, a fim de evitar maiores prejuízos, decidiram pela paralização das atividades, para garantir o pagamento das obrigações legais.

Texto: Êmily Reis

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